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Aprovado pelo Senado na quarta-feira (25) com alterações, texto volta para nova análise da Câmara dos Deputados

O Senado Federal aprovou, na noite de quarta-feira (25), o projeto de lei complementar que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais a partir das eleições de 2026. O texto sofreu alterações em relação à versão aprovada pelos deputados e, por isso, retornou para nova análise da Câmara dos Deputados.

A matéria começou a ser elaborada e posteriormente discutida após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a revisão da composição da Câmara, com base nos dados atualizados de números da população, o que não ocorria desde 1933.

De acordo com a legislação atual, o número de representantes na Câmara varia de oito a setenta por estado, de forma que o número de cadeiras está ligado à quantidade de habitantes. Com base no texto do projeto, 13 estados dos 26 distritos brasileiros, ganhariam novas vagas para a Casa Legislativa. Veja:

Relação de estados e quantas vagas na Câmara cada um destes ganharia • Reprodução/CNN
Relação de estados e quantas vagas na Câmara cada um destes ganharia • Reprodução/CNN

De acordo com Fernando Neisser, professor de direito eleitoral da FGV/SP, o aumento acarreta em um gasto maior, “não só com o salário desses deputados e deputadas novos que vão entrar, mas também das suas equipes de assessoria, dos custos de gabinete, das verbas relativas a cada gabinete”.

O professor explica ainda que a Constituição Federal determina que o tamanho da Assembleia Legislativa de um estado deve atender uma proporcionalidade em relação ao número de deputados e deputadas federais que aquele estado tem na Câmara dos Deputados, no entanto, ele pondera:

“Ao mesmo tempo, quando a população cresce muito e o número de deputados permanece fixo, você vai tendo cada vez uma distância maior entre representante e representado, porque cada deputado, cada deputada representa cada vez um número muito maior de pessoas, tornando mais difícil que exista uma proximidade, uma comunicação”, disse Neisser.

Juan Carlos Arruda, diretor-geral do Ranking dos Políticos, também acredita que projeto é sinônimo de “ampliar o custo da máquina pública sem garantir retorno algum à sociedade”.

“O Brasil precisa de eficiência, não de mais cadeiras ocupadas por quem já tem dificuldade em entregar resultados. O Congresso deveria estar discutindo como ser mais enxuto, mais eficaz e mais responsável — não como se tornar maior, mais caro e mais ineficiente”, continuou Arruda.

Quando a proposta foi aprovada na Câmara, em 6 de maio, o deputado Damião Feliciano (União-PB), que é relator do texto, incluiu a estimativa da Direção-Geral da Câmara de impacto anual, que é de aproximadamente R$ 64,6 milhões.

No Senado, a proposta teve relatoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI). Em seu parecer, o parlamentar incluiu uma emenda do senador Alessandro Vieira (MDB-SE) que proíbe qualquer aumento de despesas, inclusive verbas de gabinetes e cotas parlamentares, passagens aéreas e auxílio-moradia.

Deverão ser mantidos os valores correspondentes ao exercício de 2025. Fica proibida a aprovação de créditos adicionais, remanejamento, transposição ou transferência orçamentária.

  • Informações da CNN
    Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

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