O uso do DNA como ferramenta para garantir o direito à identidade ganhou destaque em Mato Grosso do Sul com duas ações recentes de grande impacto social. A Polícia Científica do estado realizou 119 coletas de material genético durante o mutirão “Meu Pai Tem Nome”, focado no reconhecimento de paternidade, e também participou de uma campanha nacional de busca por desaparecidos.
O mutirão, realizado em Campo Grande no dia 16 de agosto, atendeu mais de 400 pessoas. A iniciativa, organizada pela Defensoria Pública em parceria com o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), teve como objetivo dar acesso a um direito fundamental para famílias como a de Alícia Silva, de 18 anos, que buscou o exame para garantir o reconhecimento de sua filha de quatro meses. A análise do material genético será feita pelo Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF).
A ação também foi realizada em outras cidades do estado, com apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS).
DNA na busca por desaparecidos
Pouco antes do mutirão, entre 5 e 15 de agosto, Mato Grosso do Sul participou da 3ª Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No estado, 12 familiares procuraram os postos de coleta em Campo Grande, Amambai e Três Lagoas. As amostras de sangue e saliva serão incluídas em bancos de dados estaduais e nacionais, permitindo o cruzamento de informações para auxiliar nas investigações.
O delegado Rodolfo Daltro, coordenador da campanha em MS, informou que quatro novos registros de desaparecimento foram feitos no período. Em três outros casos, a pessoa desaparecida foi localizada e a família contatada durante a ação.
A diretora do IALF, perita criminal Josemirtes Prado da Silva, ressaltou que a coleta de DNA para esse fim é um serviço permanente, disponível em 15 postos no estado. “A mobilização nacional tem o papel de divulgar esse trabalho e alertar a população sobre a importância de procurar os postos disponíveis”, disse ela.
Serviço permanente
Hoje, Mato Grosso do Sul conta com 15 postos de coleta permanentes em cidades como Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, Amambai e Naviraí.
Com ações que unem ciência forense e compromisso social, a Polícia Científica e seus parceiros institucionais seguem garantindo justiça, dignidade e identidade para centenas de famílias sul-mato-grossenses. Clique aqui e confira endereços, contatos e horários de funcionamento das unidades.
Foto: Arquivo/Governo MS