As indenizações pagas pelo Seguro Habitacional em Mato Grosso do Sul cresceram 33,3% entre janeiro e setembro de 2025, em comparação com igual período do ano anterior. Os pagamentos somaram R$ 16,6 milhões, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) nesta quinta-feira (4).
A arrecadação do seguro também registrou expansão expressiva, avançando 32% e alcançando R$ 53,6 milhões no acumulado do ano. O desempenho, avalia o setor, reflete o ritmo aquecido do mercado imobiliário sul-mato-grossense.
Para o diretor executivo do Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindseg PR/MS), Ramiro Dias, a tendência deve se prolongar. Ele afirma que a demanda elevada por moradias tem sustentado o aumento tanto da contratação quanto das indenizações do produto. “Segundo o Censo Imobiliário do 2º trimestre de 2025, divulgado pelo Sinduscom/MS, a intenção de compra no Brasil chegou a 49% da população com renda acima de R$ 2,5 mil, o maior índice já registrado. Em Mato Grosso do Sul, o cenário é ainda mais promissor, com quase 70% da população manifestando desejo de adquirir um imóvel nos próximos 24 meses”.
Seguro obrigatório em financiamentos
O Seguro Habitacional é obrigatório em financiamentos para aquisição ou construção de imóveis residenciais. De acordo com o glossário da CNseg, o produto garante, no mínimo, a quitação do saldo devedor em caso de morte ou invalidez permanente do mutuário. Também cobre danos físicos ao imóvel, desde que relacionados aos riscos previstos em contrato.
No ato da contratação de um financiamento habitacional, a instituição financeira deve apresentar ao cliente pelo menos duas opções de apólice, permitindo que o mutuário compare coberturas e condições antes da escolha.
Além de funcionar como proteção ao consumidor, o seguro é considerado peça fundamental para a segurança das operações de crédito imobiliário, segmento que vem crescendo no estado impulsionado por renda em recuperação, novos empreendimentos e maior disposição de compra entre os consumidores.
Foto: Agência Brasil


















