Na correria do dia a dia, é comum deixarmos a saúde de lado, e um dos cuidados mais negligenciados é o com a pele. Mas o Dezembro Laranja, campanha de prevenção e detecção precoce do câncer de pele, está aí para nos lembrar da importância de dar atenção ao maior órgão do corpo. Quando foi a última vez que você deu uma pausa e olhou sua pele com cuidado?
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o mais comum no Brasil, por isso, adotar medidas simples, como a proteção solar adequada e a realização de exames periódicos, são essenciais para a prevenção e detecção precoce da doença, aumentando significativamente as chances de cura.
Quando se preocupar com manchas e pintas na pele?
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) orienta que todas as pessoas, independentemente da idade, realizem exames periódicos para detectar alterações na pele. É importante ficar atento a sinais que podem indicar a presença de câncer de pele.
Mudanças no tamanho, forma ou cor: se uma pinta ou mancha começar a crescer, mudar de cor ou tiver bordas irregulares, é importante consultar um dermatologista.
Sangramento ou crostas: qualquer pinta ou mancha que comece a sangrar, coçar ou formar crostas deve ser avaliada por um profissional.
Novas pintas ou manchas: o surgimento de novas manchas ou pintas, especialmente após os 30 anos, também é um sinal que merece atenção.
Manchas que não cicatrizam: qualquer ferida ou mancha que não cicatrize em um período razoável deve ser investigada.
“Além dos exames de rotina, esses são alguns sinais de alerta para o câncer de pele. Por isso, percebendo quaisquer desses sinais é preciso procurar um dermatologista rapidamente para avaliação e diagnóstico”, destaca Alexandre Moretti, dermatologista da Unimed Campo Grande.
O médico lembra que a detecção precoce é a chave para o sucesso no tratamento. “Quando diagnosticado no estágio inicial, o câncer de pele tem taxas de cura superiores a 90%”.
Tipos mais comuns, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia
Carcinoma basocelular (CBC)
O tipo mais prevalente e surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Costuma se apresentar como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
Carcinoma Escamoso (CEC)
Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e descamativa, que não cicatriza.
Melanoma
O menos frequente dos cânceres da pele, o melanoma tem o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente. Costuma ter a aparência de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.
Prevenção
De acordo com Dr. Alexandre, a exposição solar cumulativa, ao longo dos anos, e queimaduras solares agudas, aquelas em que a pessoa fica parecendo um ‘pimentão’, aumentam a chance de evoluir para um câncer de pele. Ele explica ainda que existem alguns fatores de risco que podem contribuir com o desenvolvimento da doença. “Pessoas de pele, cabelo e olhos claros, trabalhadores da construção civil ou ambulantes que acabam mais expostos ao sol, tabagismo, doenças genéticas e a poluição também são fatores de risco para esse tipo de câncer”.
O especialista destaca que a melhor forma de combater o câncer de pele é a prevenção, especialmente evitando a exposição solar, e dá dicas simples que fazem toda a diferença:
- Usar de protetor solar regularmente, mesmo em dias nublados e seguindo orientações quanto ao fator de proteção e reaplicação;
- Evitar a exposição ao sol entre 9h e 15h;
- Realizar autoexames na pele, observando manchas e pintas suspeitas;
- Consultar um dermatologista regularmente para exames de rotina;
Fonte: Unimed CG

















