A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, informou que o fim do serviço de checagem de fatos será, por ora, restrito aos Estados Unidos. A informação foi divulgada em resposta à Advocacia-Geral da União (AGU).
“Neste momento, essa mudança somente será aplicada nos Estados Unidos. Planejamos criar, testar e melhorar as Notas da Comunidade nos Estados Unidos antes de qualquer expansão para outros países”, afirmou a big tech. A Meta também destacou a intenção de ampliar a nova política para outros mercados no futuro.
Desde 2016, a Meta mantém um programa de checagem de fatos em cerca de 115 países, incluindo o Brasil, realizado por jornalistas e especialistas. O serviço verificava a veracidade de informações que circulavam nas plataformas, fornecendo contextualizações aos usuários.
A decisão de encerrar a checagem de fatos nos Estados Unidos substitui o modelo anterior pela política de “Notas da Comunidade”. Essa iniciativa permite que apenas usuários cadastrados previamente possam contestar conteúdos publicados nas redes.
Contexto
A mudança ocorre após o anúncio de uma série de atualizações pela Meta, alinhadas à agenda do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump é crítico das políticas de checagem de fatos e defende a desregulamentação do ambiente digital.
A decisão pode representar uma transformação no combate à desinformação nas plataformas da Meta, que enfrentam há anos críticas pela disseminação de fake news. O impacto da medida em outros países ainda é incerto.
- Com informações da Agência Brasil
Foto de capa: © Meta/Divulgação