Após 18 anos, Campo Grande voltou a registrar um caso de dengue tipo 3. A Prefeitura Municipal confirmou que uma mulher de 35 anos foi diagnosticada com o sorotipo.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), os primeiros sintomas surgiram em 23 de janeiro. O quadro não evoluiu para complicações, e a paciente teve boa recuperação, sem necessidade de internação.
A confirmação do caso acende um alerta para a população sobre a importância das medidas preventivas, como evitar o descarte irregular de lixo e eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.
O último registro de circulação do sorotipo 3 na capital ocorreu em 2007. Isso significa que grande parte da população, especialmente os mais jovens, nunca teve contato com esse vírus e pode estar mais vulnerável à infecção.
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, considera o cenário preocupante, já que muitas pessoas estão expostas ao vírus. “Por isso, é fundamental seguir todas as orientações. Tire pelo menos 10 minutos do seu dia para limpar o quintal e eliminar focos de água parada”, reforça.
O combate à dengue depende de ações individuais e coletivas. Manter quintais limpos, eliminar focos de água parada e não descartar lixo em terrenos baldios são medidas simples, mas essenciais para conter a proliferação do mosquito transmissor.
A presença do sorotipo 3 reforça a necessidade de intensificar essas práticas. A recomendação da Sesau é evitar água acumulada em recipientes, manter caixas d’água vedadas e descartar corretamente objetos que possam servir de criadouros para o Aedes aegypti.
Vacinação – Além das medidas de prevenção diárias, a vacinação é uma das formas mais eficazes de proteção contra a dengue. Campo Grande disponibiliza o imunizante para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em todas as 74 Unidades de Saúde da Família (USFs), mas a adesão ainda está abaixo do esperado.
Dos 61 mil jovens nessa faixa etária no município, apenas 20 mil receberam a primeira dose, e somente 8 mil completaram o esquema vacinal.
“A vacina é extremamente segura e protege contra os quatro sorotipos da dengue. No entanto, é essencial tomar as duas doses, com intervalo de três meses, para garantir a imunidade completa. E mesmo que o intervalo tenha ultrapassado os três meses, a pessoa pode procurar a unidade de saúde e completar o esquema vacinal”, reforça a secretária.
Sintomas da dengue
Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e pelo menos duas das seguintes manifestações:
• Dor de cabeça
• Prostração
• Dores musculares e/ou articulares
• Dor atrás dos olhos
Deve procurar imediatamente um serviço de saúde para obter um tratamento oportuno. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações. E evitar a automedicação.
- Foto de capa: Divulgação/Prefeitura