No último ano, o Brasil registrou o maior número de afastamentos do trabalho por questões de saúde mental. Segundo o Ministério da Previdência Social, em 2024, os afastamentos relacionados a ansiedade e depressão ultrapassaram 470 mil casos — um aumento de quase 67% em relação ao ano anterior e de 415% na comparação com 2020.

A depressão é um transtorno psiquiátrico caracterizado por tristeza persistente, perda de interesse em atividades antes prazerosas e alterações fisiológicas, como fadiga extrema e distúrbios do sono. A ansiedade, por sua vez, manifesta-se por preocupação intensa, apreensão constante e sintomas físicos como palpitações, falta de ar e tensão muscular.
Ambas as condições afetam o cérebro, alterando neurotransmissores essenciais, como serotonina, dopamina e noradrenalina, que regulam o humor e a atenção. Esses transtornos comprometem a motivação, dificultam a concentração e provocam exaustão emocional, impactando diretamente o desempenho profissional.
Com o agravamento do quadro, muitos trabalhadores acabam se afastando devido à incapacidade de cumprir tarefas diárias. O problema, antes individual, torna-se uma questão de saúde pública e, em seguida, um desafio previdenciário e econômico.
Diante da alta expressiva nos afastamentos, o governo federal anunciou medidas para enfrentar o problema. O Ministério do Trabalho pretende revisar a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que estabelece diretrizes sobre saúde no ambiente corporativo. As novas regras devem ampliar a fiscalização nas empresas, que poderão ser autuadas em caso de descumprimento das exigências.
Com informações do g1
Foto de capa: Marcelo Camargo