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Instabilidade climática exige uma maior adoção de práticas de manejo sustentável e o uso de tecnologias para mitigar os impactos da seca, afirma especialista

A safra de soja e o plantio do milho segunda safra, também conhecido como safrinha, em Mato Grosso do Sul, está sendo diretamente impactados pela escassez de chuvas, provocando preocupação entre produtores rurais, cooperativas e especialistas do setor agrícola.

A colheita da soja, que normalmente ocorre entre janeiro e março, está registrando atrasos em diversas regiões devido ao desenvolvimento irregular das lavouras. A falta de umidade suficiente no solo comprometeu o enchimento dos grãos, resultando em uma produtividade abaixo do esperado.

O plantio do milho segunda safra, que depende do calendário da colheita da soja, também sofre com as condições climáticas adversas. A janela ideal para o plantio está se estreitando, aumentando o risco de exposição das lavouras a períodos de estiagem mais severos e temperaturas extremas no decorrer do ciclo da cultura. Além disso, a falta de chuvas regulares afeta a germinação e o estabelecimento inicial das plantas, podendo comprometer ainda mais a produtividade.

De acordo com Danieli Nunes, coordenadora do curso de Agronomia da Faculdade Anhanguera, “a instabilidade climática exige uma maior adoção de práticas de manejo sustentável e o uso de tecnologias para mitigar os impactos da seca. O monitoramento constante e o planejamento estratégico são fundamentais neste cenário desafiador”.

Produtores locais estão buscando alternativas, como o uso de cultivares mais tolerantes ao estresse hídrico e técnicas de conservação de umidade do solo. No entanto, a expectativa é de que os desafios climáticos continuem a influenciar de forma significativa o desempenho da safra.


Abaixo, a especialista listou os principais impactos para o setor na região:


Quebra de safra: a redução da produtividade da soja e do milho pode levar a uma quebra de safra, com perdas significativas para os produtores e para a economia do estado.


Prejuízos econômicos: a quebra de safra pode gerar prejuízos para os produtores, que podem ter dificuldades em honrar seus compromissos financeiros. Além disso, a redução da produção pode afetar o comércio e a indústria local, gerando um impacto negativo na economia do estado.


Aumento dos preços: a menor oferta de grãos pode levar ao aumento dos preços dos alimentos, afetando o bolso dos consumidores.


Desabastecimento: a quebra de safra pode comprometer o abastecimento de grãos no mercado interno, gerando preocupações sobre a segurança alimentar.

  • Foto de capa: Freepik 

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