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Miranda foi tratada por 43 dias no CRAS e monitorada por GPS; nascimento comprova sucesso da reintrodução

Menos de um ano após ser resgatada com queimaduras nas patas em uma área atingida por incêndios no Pantanal sul-mato-grossense, a onça-pintada Miranda foi flagrada por armadilhas fotográficas ao lado de seu filhote. O registro, feito no dia 21 de junho por câmeras instaladas pelo projeto Onçafari, confirma o sucesso de sua reabilitação e reintegração à natureza.

Miranda foi resgatada no município que dá nome ao animal em 15 de agosto de 2024. Com ferimentos graves, ela foi levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, onde recebeu cuidados intensivos por 43 dias. O tratamento incluiu sessões de ozonioterapia, curativos diários e dieta reforçada. Em 27 de setembro, após exames finais no Hospital Veterinário Ayty, foi solta em uma área protegida do Pantanal.

Desde então, Miranda tem sido monitorada por um colar de rastreamento GPS/VHF, instalado em parceria com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Os dados indicavam padrões de movimentação e comportamento típicos de caça e adaptação plena ao ambiente natural.

“A praticidade da Autorização Eletrônica de Viagem on-line oferece às famílias uma solução ágil e segura, mesmo em meio à correria típica das férias de julho”, afirma Elder Gomes Dutra, presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção Mato Grosso do Sul (CNB/MS).

Reabilitação e preservação

Para o diretor-presidente do Imasul, André Borges, o caso de Miranda representa uma vitória do trabalho técnico e das parcerias institucionais. “Com conhecimento e união de esforços, conseguimos transformar uma situação de vulnerabilidade em um exemplo de sucesso. Agora, com o nascimento do filhote, reafirmamos nosso compromisso com a biodiversidade pantaneira”, afirma.

A operação de resgate da onça envolveu uma força-tarefa com participação do CRAS, do Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado-Pantanal (Gretap), do Ibama e da Polícia Militar Ambiental (PMA). A captura durou 26 horas e ocorreu após o animal ser localizado em uma manilha às margens de uma estrada.

Para Aline Duarte, gestora do CRAS, a sobrevivência e a maternidade de Miranda na natureza têm valor simbólico e ambiental. “É uma história que inspira. Ela sobreviveu aos incêndios, foi cuidada e voltou a viver em liberdade. Agora, como mãe, simboliza a capacidade de regeneração da vida com apoio adequado”, afirma.

O monitoramento por armadilhas fotográficas e colar de rastreamento é feito pelo Onçafari, projeto de conservação que atua na proteção de grandes felinos e na promoção do ecoturismo no Pantanal. O nascimento do filhote reforça os impactos positivos do trabalho de conservação e da atuação coordenada entre órgãos ambientais.

A história de Miranda reforça a importância de políticas públicas para o resgate, tratamento e reintrodução de animais silvestres vítimas de desastres naturais e da ação humana. Também revela o potencial de sucesso de projetos que aliam ciência, tecnologia e preservação em uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta.

Com informações e imagem do Governo de Mato Grosso do Sul

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