Com previsão de conclusão até julho de 2026, os aeroportos de Campo Grande, Ponta Porã e Corumbá passarão por obras de ampliação e modernização que somam R$ 630 milhões em investimentos. Os trabalhos foram oficialmente apresentados nesta terça-feira (17) durante cerimônia realizada pela operadora Aena, responsável pelos terminais desde 2023.
No terminal de Campo Grande, está prevista a construção de um segundo andar no saguão de passageiros e a instalação de pontes de embarque e desembarque. Já em Ponta Porã, a intervenção vai triplicar a área total do terminal. Em Corumbá, o espaço destinado ao público será duplicado.



Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, as melhorias integram um esforço mais amplo para fortalecer a infraestrutura do país. “Além disso, a gente está ofertando a linha de crédito de quase R$ 5 bilhões, que deve ajudar a Azul em torno de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão para que ela possa manter novas aeronaves funcionando no Brasil, que ela possa comprar novos aviões para a gente poder ampliar a aviação regional do país”, afirmou.
O ministro afirmou também que há um planejamento para uma nova concessão hidroviária no estado. “A ideia é que agora em dezembro a gente possa fazer a primeira concessão hidroviária do Brasil que será aqui no Estado do Mato Grosso do Sul, que vai ajudar na logística do Estado, reduzindo o custo logístico”.

O governador Eduardo Riedel (PSDB), destacou a relevância dos investimentos para o futuro da logística regional. “Extremamente importante, R$ 630 milhões colocados nesses três aeroportos e mais os investimentos que o estado está fazendo em Bonito, em Três Lagoas, outros aeródromos no estado, mais o que o governo federal está fazendo e que nós vamos executar em Dourados, no novo receptivo, muda a realidade aeroviária do estado”, disse.

Sala multissensorial para passageiros autistas
Durante a solenidade, também foi inaugurada a Sala Multissensorial do Aeroporto Internacional de Campo Grande, destinada ao acolhimento de passageiros com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O espaço integra o Programa de Acolhimento do Ministério de Portos e Aeroportos.
Larissa Rey, de 31 anos, que trabalha no balcão de informações do aeroporto e também é autista, considerou a iniciativa positiva. “Eu acho que vai ser muito bom, porque eu viajei de avião a pouco tempo, a primeira vez eu não tinha conhecimento nenhum de como é viajar de avião. E ali na sala eu vi que tem os assentos, dá pra gente ter uma noção, como autista, de como vai ser essa sensação”.

Ela ressaltou que, diferentemente de outros aeroportos, a nova estrutura contribui para diminuir o estresse que passageiros neurodivergentes enfrentam. “Eu fui no aeroporto de Guarulhos, não tinha nada nesse estilo, e eu achei lá extremamente estressante. Eu acho que essa sala vai ser muito importante pra isso, pra preparar a gente antes, porque não é só a viagem, é a preparação, é o antes. Então é o que estressa mais”.
A funcionária também destacou a importância da iluminação do ambiente. “Eu achei muito interessante que a luz lá dentro da sala multissensorial é mais baixa e ajuda a gente, porque a luz aqui é muito forte e às vezes causa uma desregulação”, concluiu.

- Colaborou: Evelyn Mendonça