O verão teve início às 5h21 (horário de Mato Grosso do Sul) do sábado (21), marcando o dia mais longo do ano e a noite mais curta. Com 13 horas e 18 minutos de luz solar, o sol nasceu às 4h50 e se pôs às 18h08. A estação termina em 20 de março de 2025, às 5h01.
Durante o período, espera-se um aumento significativo nas temperaturas e na intensidade dos raios ultravioleta, especialmente até o dia 9 de janeiro. A média geral deve girar em torno de 25,6°C, com máximas atingindo 31,2°C e mínimas de 21,7°C, embora em algumas regiões as máximas possam ultrapassar a média em até 5°C, de acordo com informações divulgadas pelo meteorologista da Uniderp, Natalio Abrahao Filho.
Solstício de verão e chuvas irregulares
O solstício de verão, fenômeno que marca a inclinação máxima do hemisfério Sul em direção ao Sol, ocorre em 23°26’14″S sobre o Trópico de Capricórnio, que atravessa o município de Amambai (MS). Este é também o período em que o Polo Sul permanece iluminado durante 24 horas e o Polo Norte enfrenta total ausência de luz solar.
As chuvas na estação serão irregulares e mal distribuídas, com volumes abaixo do esperado em janeiro e fevereiro, principalmente nas regiões sul, sudoeste e central do estado. Apesar disso, há chances de eventos pontuais de chuvas fortes com trovoadas, relâmpagos e ventos de até 60 km/h, particularmente à tarde e no início da noite.
As áreas mais afetadas por pancadas intensas de chuva incluem as regiões sudoeste (como Ponta Porã, Dourados e Bonito) e leste (como Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo). Em contrapartida, a região oeste, incluindo Miranda e Porto Murtinho, deve registrar volumes inferiores à média histórica.
Agricultura e neutralidade climática
Com o fenômeno climático em condição de neutralidade (sem El Niño ou La Niña), a atmosfera não deve favorecer chuvas regulares no estado, o que pode impactar negativamente a agricultura, especialmente nas fases finais das safras.
Mesmo com ausência de eventos extremos como granizo, os produtores devem estar atentos à baixa disponibilidade hídrica, especialmente em fevereiro e março. A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), sistema meteorológico que pode provocar chuvas prolongadas, será menos ativa em Mato Grosso do Sul neste verão.
Alerta para saúde e infraestrutura
Com os raios UV em níveis extremos, especialistas alertam para o aumento do risco de câncer de pele. O calor intenso e a alta umidade relativa do ar, frequentemente acima de 45%, também podem gerar desconforto térmico e mormaço.
Além disso, enchentes e alagamentos localizados não estão descartados em regiões urbanas, onde a infraestrutura pode não suportar a intensidade das chuvas concentradas.
O verão 2024-2025 será uma estação marcada por extremos climáticos, o que exige atenção da população e planejamento das autoridades para lidar com os desafios meteorológicos.