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O Brasil avançou oito posições no ranking mundial da felicidade e agora ocupa o 36º lugar, superando a Argentina (42º) e ficando atrás apenas de Uruguai (30º), Costa Rica (6º) e México (10º) entre os países latino-americanos. Apesar da melhora na classificação geral, o estudo aponta que os jovens brasileiros estão cada vez menos felizes, enquanto os mais velhos relatam maior bem-estar — padrão também observado em outras nações.

Os dados fazem parte do Relatório Mundial da Felicidade 2024, divulgado nesta semana. O estudo é conduzido por instituições como a Universidade de Oxford e o Instituto Gallup e se baseia em entrevistas com cerca de mil pessoas por país, que avaliam sua qualidade de vida em uma escala de 0 a 10.

A metodologia também considera seis fatores determinantes para a felicidade: renda per capita, expectativa de vida saudável, apoio social, generosidade, liberdade e percepção de corrupção. Para evitar distorções, a pesquisa leva em conta a média dos três anos mais recentes.

Países nórdicos seguem no topo

Mais uma vez, a Finlândia lidera o ranking da felicidade global, seguida por Dinamarca, Islândia, Suécia e Holanda. Os únicos países das Américas entre os dez primeiros são Costa Rica e México. Os Emirados Árabes Unidos, na 21ª posição, são a nação melhor colocada fora da Europa e da América.

Os Estados Unidos caíram para o 24º lugar, ficando fora do top 20 pela primeira vez em 20 anos. Na outra ponta da lista, Líbano, Serra Leoa e Afeganistão aparecem como os países menos felizes do mundo. No total, o levantamento avaliou 147 nações.

Como a lista é formada?
De acordo com o estudo, o levantamento tem como base uma média de três anos de avaliação de cada população, considerando seis fatores:

  • Apoio social;
  • Renda;
  • Saúde;
  • Liberdade;
  • Generosidade;
  • Ausência de corrupção.

Também foram investigados os efeitos dos benefícios para os destinatários do comportamento de cuidado e para aqueles que cuidam dos outros.

A importância da benevolência

Neste ano, o estudo buscou entender a felicidade e o comportamento das pessoas — e suas variações por país — com base nos benefícios de quem dá e de quem recebe ajuda e cuidado.

O próprio relatório ressalta os pontos que mais chamaram atenção ao analisar o comportamento das pessoas, como um todo:

  1. As pessoas são muito pessimistas sobre a benevolência dos outros. Por exemplo, quando carteiras foram jogadas na rua por pesquisadores, a proporção de carteiras devolvidas foi muito maior do que as pessoas esperavam. Isso é extremamente encorajador.
  2. Nosso bem-estar depende de nossas percepções da benevolência dos outros, bem como de sua real benevolência. Como subestimamos a gentileza dos outros, nosso bem-estar pode ser melhorado recebendo informações sobre sua verdadeira benevolência.
  3. Quando a sociedade é mais benevolente, as pessoas que mais se beneficiam são aquelas que são menos felizes. Como resultado, a felicidade é mais igualmente distribuída em países com níveis mais altos de benevolência esperada.
  4. A benevolência aumentou durante a COVID-19 em todas as regiões do mundo. As pessoas precisavam de mais ajuda e outras responderam. Esse “aumento de benevolência” foi sustentado desde então. Apesar de uma queda de 2023 para 2024, os atos benevolentes ainda estão cerca de 10% acima de seus níveis pré-pandêmicos.

A conclusão, de maneira rápida, foi que a benevolência também traz benefícios para aqueles que cuidam e compartilham. Isso funciona melhor se a motivação for ajudar os outros, em vez de se sentir bem, se o ato for voluntário e se tiver um óbvio impacto positivo no beneficiário.

Texto da redação com informações do The News
Foto de capa: Unsplash

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