Nutricionista orienta pais a combinar cores, texturas e momentos em família para estimular hábitos saudáveis desde cedo
Em meio à correria do dia a dia, entre escola, trabalho e compromissos domésticos, manter uma alimentação equilibrada para as crianças continua sendo um desafio para muitas famílias. A nutricionista Maira Viviani, da rede Água Doce Sabores do Brasil, afirma que o segredo está na combinação entre criatividade, diversidade e presença à mesa.
“Quando a alimentação é variada e colorida, além de fornecer os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento, também desperta a curiosidade e o interesse dos pequenos”, diz. Segundo ela, o visual das refeições faz diferença: moldes de personagens, cortes diferenciados e pratos montados de forma lúdica ajudam a despertar o apetite infantil.
Viviani destaca que envolver as crianças no momento das refeições também é fundamental para criar uma relação positiva com a comida. “Fazer as refeições em família, sentados à mesa, torna o ato de se alimentar prazeroso, estimula a experimentação e ajuda a formar hábitos saudáveis desde cedo”, afirma.
Para montar um prato equilibrado, a nutricionista recomenda dividir a refeição em proporções simples: metade de legumes e verduras, um quarto de carboidratos, como arroz, batata ou macarrão e um quarto de proteínas, que podem incluir carne, frango, peixe, ovo ou feijão. “Também vale incluir uma fruta de sobremesa e pequenas quantidades de gorduras boas, como azeite ou sementes”, explica. “Assim, a criança recebe os nutrientes necessários para crescer com saúde, energia e disposição”.
Além da composição dos pratos, variar os modos de preparo e explorar diferentes texturas contribui para ampliar o paladar infantil. “Crianças aprendem pelo exemplo e pela repetição. Quanto mais vezes são expostas a um alimento, maiores as chances de aceitá-lo”, observa.
Especialistas em nutrição infantil costumam reforçar que o momento das refeições vai além da ingestão de alimentos, ele envolve afeto, rotina e aprendizado. Nesse sentido, transformar a mesa em um espaço de convivência pode ser o primeiro passo para que comer bem se torne um hábito e não uma obrigação.
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