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O saldo de crédito para pessoas físicas em Mato Grosso do Sul alcançou R$ 91,4 bilhões em outubro de 2024, enquanto o crédito para pessoas jurídicas chegou a R$ 33,8 bilhões, de acordo com o Termômetro do Varejo da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de MS (FCDL), baseado em dados do Banco Central, divulgados nesta segunda-feira (23). Esses números refletem a soma de valores em aberto, vencidos ou a vencer, das operações de crédito e financiamento no estado.

Entre outubro de 2023 e o mesmo mês de 2024, o crédito para pessoas físicas teve alta de 6,6%, enquanto para pessoas jurídicas o crescimento foi ainda maior, alcançando 11,4%. A taxa de inadimplência em Mato Grosso do Sul foi de 3,9% para pessoas físicas e 3,1% para jurídicas, considerando atrasos superiores a 90 dias.

Comércio varejista cresce, mas serviços enfrentam desafios

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista estadual cresceram 0,4% em outubro de 2024, na comparação com setembro. O varejo ampliado, que inclui setores como veículos e materiais de construção, apresentou avanço de 2,0%.

No entanto, o setor de serviços enfrenta retração, com queda de 6,3% no acumulado do ano em relação a 2023, enquanto a média nacional cresceu 3,2%. A produção industrial, por outro lado, teve alta de 5,5% no mesmo período, contribuindo para atenuar os impactos da desaceleração econômica.

A agropecuária também enfrentou dificuldades. A safra de grãos de 2024 deve registrar uma queda de 29,3% em Mato Grosso do Sul, segundo projeções do IBGE, muito acima da redução de 6,9% prevista para a produção nacional.

“Depois de um período de crescimento acima da média nacional, a economia de Mato Grosso do Sul enfrenta uma desaceleração, impactando setores como agricultura, serviços e parte do comércio,” avaliou a presidente da FCDLMS, Dra. Inês Santiago.

Mercado de trabalho mantém estabilidade

Mato Grosso do Sul encerrou o terceiro trimestre de 2024 com 1,5 milhão de pessoas na força de trabalho, das quais 1,45 milhão estavam empregadas. A taxa de desemprego caiu para 3,4%, enquanto a renda média ficou em R$ 3,5 mil, abaixo do mesmo período de 2023.

Entre janeiro e outubro, o estado gerou 26.972 empregos formais. O setor de serviços liderou, com 12.958 vagas, seguido pela indústria (7.876) e comércio (4.318). Em Campo Grande, foram criadas 8.712 vagas formais no período, sendo o setor de serviços o maior contribuinte.

Balança comercial e inflação

O saldo da balança comercial de Mato Grosso do Sul permanece positivo, mas recuou de US$ 7,1 bilhões em 2023 para US$ 6,7 bilhões em 2024, com quedas tanto nas exportações (-5,6%) quanto nas importações (-3,7%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou alta de 5,1% em Campo Grande nos últimos 12 meses, acima da média nacional de 4,9%. A inflação, que continua acima da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, representa um desafio adicional para a economia estadual nos próximos meses.

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