O final de ano é mais do que uma simples virada de calendário. É um tempo de pausa que nos convida a profundas reflexões pessoais, familiares e profissionais. É um momento propício para a autorreflexão; não que tenhamos que esperar um final de ano para tal. No entanto, os reflexos das luzes do Natal, as confraternizações, o convívio mais leve entre as famílias e a contagem regressiva para o início de um novo ano nos impulsionam a uma avaliação minuciosa do ano que se finda.
Nesse período é importante e necessário respondermos a nós mesmos a algumas questões, tais como: o que aprendi no ano de 2025? Quais desafios me tornaram uma pessoa melhor e quais me fizeram crescer? Onde acertei, onde errei e o que ficou pelo caminho por negligência, por procrastinação ou por medo de encarar os desafios?
Quando alcançamos a maturidade e buscamos responder perguntas como essas a nós mesmos, criamos oportunidades de crescimento em todas as áreas de nossas vidas. A partir das respostas que eu conseguir gerar, reconhecendo que é possível avançar, posso listar novas metas, novos objetivos. É o momento exato de sentar e elaborar um planejamento para o novo ano que se inicia.
Sendo assim, é fundamental que não estabeleçamos metas inatingíveis para que não sejamos atingidos pela frustração e pelo desânimo; as nossas metas e objetivos precisam ser mensuráveis. Outro aspecto muito importante a ser considerado é não terceirizarmos a culpa.
Sobre o valor de planos e projetos a Bíblia nos afirma o seguinte na versão NVI (Nova Versão Internacional): “Mas o homem nobre faz planos nobres, e graças aos seus feitos nobres permanece firme” (Isaías 32:8). Que a nobreza de coração e de caráter nos capacite e elaborarmos planos e projetos, executando-os de maneira nobre para que os nossos propósitos sejam estabelecidos. Que a nossa forma de pensar e agir em 2026 sejam reconfiguradas para que alcancemos o patamar de nobreza em tudo aquilo que realizarmos.
Como educadora, não poderia deixar de chamar a atenção das famílias sobre a importância dessa avaliação no núcleo familiar. Fazer a reflexão individual e elaborar seu plano pessoal e profissional é importantíssimo, porém não podemos nos esquecer dos filhos, do cônjuge e de outras pessoas que possam fazer parte de nosso convívio familiar.
É educador e pedagógico sentar em família e cada um compartilhar suas atitudes de 2025 que foram positivas ou negativas e aquelas que precisam ser melhoradas. Esse é um momento propício para o exercício da escuta, dos elogios quanto ao que cada um fez de positivo, do afeto, etc.
Para as crianças e adolescentes atitudes como essas, marcarão para sempre, suas vidas pessoais, estudantis e profissionais, pois aprenderão, na prática, desde cedo, que precisamos rever nossas ações, corrigi-las e avançar naquelas que se tornaram habitus positivos. Sendo assim, os filhos crescerão valorizando a importância da avaliação de nossas ações individuais e familiares, como também, a necessidade de se estabelecer metas e objetivos mensuráveis. Aprenderão que somente pela elaboração e execução de planos e projetos nobres é que o ser humano se estabelece em seus propósitos. Jamais, o assentar em família para uma autoavaliação e elaboração de um planejamento familiar será perda de tempo.
O pensador espanhol, Sêneca, afirmou que: “Não existe vento favorável para quem não sabe para aonde ir”. Que possamos iniciar 2026 cientes de aonde chegamos em 2025 e aonde desejamos estar ao final do novo ano que se inicia, se Deus assim nos permitir. Por que digo se Deus nos permitir?! Porque a nossa vida é como um sopro e como afirmou nossa educadora e poetisa Sul-Matogrossense, Oliva Enciso “Não podemos prever! Porque Deus pode pegar nossa caneta, sem nos consultar e escrever, fim! (ENCISO, 1989, p. 170).
Desejo a todos os leitores e suas famílias um ano de 2026 de planos e projetos nobres e que cada um se estabeleça em seus propósitos. Feliz 2026!












