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Internas do Estabelecimento Penal Feminino de Regimes Semiaberto e Aberto de Campo Grande iniciaram, pela primeira vez, cursos de graduação. A iniciativa, que já ocorre em outras unidades prisionais de Mato Grosso do Sul, busca ampliar as oportunidades de ressocialização.

O projeto começou com a adequação de uma sala de estudos, equipada com três computadores seminovos com acesso à internet. O espaço permite o acompanhamento de cursos presenciais e de Ensino a Distância (EAD). As internas podem acessar o ambiente virtual com login e senha próprios.

Três reeducandas já se matricularam em cursos de Pedagogia, Sociologia e Segurança no Trabalho, ministrados por uma faculdade particular. Elas dividem o tempo entre os estudos, realizados das 7h30 às 10h, e o trabalho no Fórum. O custo das mensalidades é pago pelas próprias internas.

Uma das alunas, Gláucia Thayse Santa Cruz Gimenez, que cursa Sociologia, disse que o projeto representa a realização de um sonho adiado. “Agradeço a dedicação da unidade penal por nos permitir começar a realizar uma parte do nosso sonho. Além disso, também posso ter remição na pena e voltar para minha vida”, afirmou.

Josiane Firmino da Cruz, também matriculada, vê a oportunidade como forma de dar um novo rumo à sua história. “O motivo é simples: quero mostrar que nunca é tarde para recomeçar. Desde o dia que cheguei aqui, venho lutando para isso. Combinando o estudo ao trabalho, poderei voltar para casa o quanto antes. Agradeço por tudo”, disse.

Segundo a diretora do presídio, Cleide Nascimento, o início dos cursos superiores dentro da unidade representa mais do que uma conquista pessoal. “A educação se apresenta, mais uma vez, como um caminho potente de reconstrução e dignidade, capaz de romper ciclos, acender novas esperanças e abrir portas onde antes, muitas vezes, só havia muros”, declarou.

A expectativa é que o número de internas cursando ensino superior aumente com a chegada de novos computadores e a adesão de outras interessadas. Atualmente, segundo dados da Divisão de Educação da Agepen, 78 internos em Mato Grosso do Sul frequentam cursos de graduação e um faz pós-graduação. Outros 632 cursam o ensino médio e 1.423 o ensino fundamental.

Com informações e imagem do Governo de Mato Grosso do Sul

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