Mato Grosso do Sul reuniu, nesta sexta-feira (29), na sede da Fiems, autoridades e CEOs de grandes empresas no Fórum de Bioenergia, para discutir o potencial e as oportunidades do estado na agenda de transição energética.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou o protagonismo sul-mato-grossense no tema e reforçou o objetivo de posicionar o estado como referência. “O estado já tem 94% da nossa energia limpa. […] Nosso setor de bioenergia é competitivo, estruturado e tem grande capacidade para avançar. Estamos discutindo hoje, dentro desse cenário global, como Mato Grosso do Sul pode se apropriar desse ‘boom’ e crescer acima da média que está sendo proposta”.
O presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Amaury Pekelman, destacou avanços tecnológicos que irão transformar o setor nos próximos dez anos. “Uma das novidades é o combustível de aviação. Foi aprovado o projeto de combustível do futuro e vem um monte de novidade. O biocombustível da aviação e o biocombustível do navio. Além disso, temos incentivos à produção de biometano, e o crescimento da mistura do etanol na gasolina, de 27% a 30% e do biodiesel de 13% para 15%”.
Segundo Pekelman, essas iniciativas colocarão o Brasil na liderança da transição energética mundial. “Prevemos todas essas mudanças em até dez anos. Temos projetos diferenciados e de alta tecnologia no setor”.
O presidente do Lide Mato Grosso do Sul, Aurélio Rocha, afirmou que o estado poderá ser um dos pioneiros na produção do SAF, o combustível de aviação verde. “O SAF tem que ser produzido perto da matriz energética e aqui em Mato Grosso do Sul temos etanol de milho, de cana e a biomassa. Então essa discussão passa pelo nosso estado”. Ele afirmou que a expectativa é que se torne realidade em MS em até cinco anos.
O evento foi uma realização do LIDE Mato Grosso do Sul e da Biosul, com apoio do Sistema Fiems e Reflore-MS.