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No mês do Dia Mundial da Água, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (Senar/MS) destaca a importância da preservação dos recursos hídricos por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) – Ação de Proteção de Nascentes. Desde 2020, a iniciativa já identificou 2.233 nascentes em propriedades rurais de 68 municípios do estado, promovendo ações de recuperação e conservação.

As nascentes são Áreas de Preservação Permanente (APP) e, conforme a legislação brasileira, devem ser protegidas em um raio mínimo de 50 metros. Em parceria com produtores rurais, o Senar/MS tem sido peça-chave no cumprimento dessas normas e na promoção de práticas sustentáveis no agronegócio.

Como funciona a proteção das nascentes

Técnicos e supervisores da ATeG realizam a identificação das nascentes e recebem capacitação para monitoramento e preservação dessas áreas. Após o diagnóstico, são aplicadas medidas como cercamento, limpeza, controle de erosão e reflorestamento com espécies nativas, sempre com a autorização dos proprietários.

Segundo Gabriel Pereira, coordenador da ATeG Ação de Proteção de Nascentes, a iniciativa traz benefícios diretos aos produtores. “O acesso à água potável melhora a dessedentação dos animais e pode ser utilizado também no consumo humano. Além disso, protege o solo e aumenta a segurança hídrica das propriedades”, explica.

Na Fazenda Macaúba, em Corguinho, o produtor Celso Afonso relata que as orientações do Senar/MS foram essenciais para entender as exigências ambientais e os benefícios da conservação. “Isso nos faz enxergar a possibilidade de inspirar mais pessoas a cuidar das nascentes. Proteger a água é garantir a vida agora e no futuro”, afirma.

Resultados e impacto ambiental

A conservação das nascentes é avaliada com base em oito indicadores, incluindo turbidez da água, presença de sedimentos, compactação do solo e cobertura vegetal. Em 2024, houve melhora em cinco desses critérios, enquanto um se manteve estável.

O índice geral de conservação das nascentes alcançou 70% este ano, um avanço em relação aos 64% registrados em 2023. Esse crescimento reflete a eficácia das estratégias aplicadas e o engajamento dos produtores na adoção de boas práticas ambientais.

A iniciativa do Senar/MS comprova que é possível aliar produtividade agrícola e sustentabilidade, assegurando a qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos para as futuras gerações.

Com informações do Sistema Famasul

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