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A geração de energia solar no Brasil superou a marca de 55 gigawatts (GW) de potência instalada operacional. Desse total, 1,6 GW foi adicionado ao sistema apenas neste ano, segundo balanço da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Entre os estados, Minas Gerais lidera com mais de 900 mil imóveis com geração solar própria, seguido por São Paulo (756 mil) e Rio Grande do Sul (468 mil). Mato Grosso do Sul ocupa a 8ª posição. No ranking municipal, Campo Grande se destaca na 3ª posição em potência instalada.

Tabela elaborada pela Absolar

A maior parte da geração de energia solar, 37,6 GW, provém de sistemas de geração própria instalados em telhados ou quintais de cinco milhões de imóveis no país. O restante, cerca de 17,6 GW, é gerado por grandes usinas solares conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Segundo a Absolar, a energia solar evitou a emissão de aproximadamente 66,6 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²) na geração de eletricidade. Atualmente, a fonte fotovoltaica ocupa a segunda posição na matriz energética brasileira, respondendo por 22,2% da capacidade instalada.

Apenas entre janeiro e março deste ano, foram instalados mais de 147 mil sistemas solares, que passaram a abastecer cerca de 228,7 mil imóveis. Desde 2012, o setor fotovoltaico movimentou mais de R$ 251,1 bilhões em investimentos, gerou 1,6 milhão de empregos e arrecadou mais de R$ 78 bilhões em impostos.

A geração própria de energia solar está presente em mais de 5,5 mil municípios e em todos os estados brasileiros. As grandes usinas fotovoltaicas centralizadas também operam em todas as unidades da federação.

Entre as unidades consumidoras abastecidas por geração própria, as residências lideram, representando 69,2% do total. Em seguida, vêm estabelecimentos comerciais (18,4%) e propriedades rurais (9,9%).

Desafios – Apesar da expansão da energia solar no país, a Absolar manifesta preocupações. Conforme a entidade, o crescimento poderia ser ainda maior, não fossem os cancelamentos de projetos pelas distribuidoras e a falta de ressarcimento aos empreendedores pelos cortes de geração renovável.

Outro problema são os entraves à conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, sob a alegação de inversão de fluxo de potência, sem os devidos estudos técnicos que comprovem eventuais sobrecargas na rede. A Absolar pede a aprovação do projeto de lei que institui o Programa Renda Básica Energética (Rebe) e atualiza a Lei 14.300/2022, que Instituiu o marco legal da microgeração e minigeração distribuída.

No caso das grandes usinas solares, a ausência de ressarcimento pelas regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para os cortes de geração traz insegurança jurídica e maior percepção de risco.

Texto da redação com informações da Agência Brasil
Foto de capa: Reprodução/Agência Brasil

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