Com 73 dos 81 votos, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito presidente do Senado pelos próximos dois anos. Ele sucede Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também concorriam ao cargo os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE). Mato Grosso do Sul teria uma representante na disputa, encabeçada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos), porém minutos antes de subir à tribuna como candidata, ela retirou sua candidatura.
Em seu discurso, Alcolumbre se declarou um “defensor intransigente” do diálogo, da construção coletiva e de soluções compartilhadas.
“Vocês me conhecem, sabem do meu compromisso verdadeiro com esta instituição e com o Brasil. Acima de tudo, com a população que confia em cada um de nós para representar seus sonhos e esperanças”, disse. “Para mim, governar é ouvir, e liderar é servir. É disso que o nosso país precisa agora: uma liderança que una, e não que divida.”
Marcos Pontes, por sua vez, afirmou que o país “clama por mudanças”. “O povo está aflito. Nossos eleitores nos pedem: ‘Façam alguma coisa’”, declarou. “Estamos diante de um momento crucial. Precisamos escolher entre a estagnação e a mudança, entre o conforto e a luta. Precisamos restaurar a força e a credibilidade desta Casa, garantindo que as vozes da população sejam ouvidas e que os valores democráticos sejam respeitados.”
Já Eduardo Girão criticou a atuação do Senado e disse que a imagem da Casa está “péssima”. “Nosso grande problema foi não ter enfrentado o reequilíbrio entre os poderes, que foi perdido. A censura voltou ao Brasil depois da redemocratização, e o Senado ficou assistindo. A Constituição é rasgada dia sim, dia não, e esta Casa se acovarda. Todos nós somos responsáveis pela derrocada do Senado”, afirmou.
O presidente do Senado é também o chefe do Poder Legislativo e, portanto, preside o Congresso Nacional. Entre suas funções estão dar posse ao presidente da República e convocar o Congresso extraordinariamente em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal. Ele também recebe pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cabe ainda ao presidente do Senado definir a pauta de votações da Casa e do Congresso. A eleição é secreta e realizada em cédulas de papel. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter a maioria absoluta dos votos (41 dos 81 senadores). Se nenhum candidato alcançar esse número, há um segundo turno entre os dois mais votados, ainda exigindo ao menos 41 votos para a vitória.
Texto da redação com informações da Agência Brasil
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado