O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (12) que, por enquanto, o estado não irá zerar o imposto sobre alguns alimentos. A resposta veio após uma fala do vice-presidente, Geraldo Alckmin, de que os estados poderiam zerar a alíquota de ICMS ainda vigente para alguns itens, como forma de conter a alta nos preços alimentícios.
“Eu tomei uma decisão de não tomar nenhuma medida casuística. Vamos entender os ciclos de mercado, inclusive, porque depois de amanhã, da mesma maneira que está caro, vai estar muito barato. Produtos agrícolas, de uma maneira geral, têm ciclos de mercado, que são frutos de oferta e demanda”, afirmou.
Riedel também disse que irá implementar medidas mais drásticas apenas se for necessário. “O Flávio está esta semana em Brasília, em reunião com os secretários, discutindo esse assunto. Ele irá voltar e nós iremos decidir. Se precisar de uma medida mais forte, iremos adotar. Mas não entendo como essa medida vai resolver essa situação”.
Entenda
No dia 6 de março, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o governo iria zerar o imposto de importação de nove tipos de comida para tentar conter a alta no preço dos alimentos. A medida ainda precisa ser aprovada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).

Os alimentos que terão tributos zerados são:
- Azeite (hoje 9%)
- Milho (hoje 7,2%)
- Óleo de girassol (hoje até 9%)
- Sardinha (hoje 32%)
- Biscoitos (hoje 16,2%)
- Massas alimentícias (macarrão) (hoje 14,4%)
- Café (hoje 9%)
- Carnes (hoje até 10,8%)
- Açúcar (hoje até 14%)
Na noite do dia 9, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se pronunciou em suas redes sociais e afirmou que o estado “fez o dever de casa”. “Isso já está acontecendo aqui em São Paulo e não é de hoje. Já vem de muito tempo”.