terça-feira, 21/01/2025, 17:34

A Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) de Campo Grande iniciou uma busca ativa para investigar os 92 casos confirmados de hepatite A na cidade. A medida busca identificar o perfil epidemiológico dos pacientes e entender os padrões de contágio da doença. Para isso, um questionário de investigação epidemiológica está sendo enviado aos infectados via WhatsApp. Até o momento, apenas 19 dos 92 pacientes responderam ao formulário.

A superintendente da Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo destacou a importância das respostas para traçar estratégias eficazes de combate à doença. “Se um número significativo de infectados responder de forma clara e sincera, poderemos identificar quando, onde e como ocorreu a transmissão, e por quais vias, permitindo assim uma ação mais direcionada para interromper a cadeia de transmissão”.

A secretária de Saúde de Campo Grande, Rosana Leite, ressaltou a relevância dessa investigação para garantir apoio do Ministério da Saúde. “Quando o Ministério se envolve, ele passa a monitorar junto ao município e ao estado, além de oferecer apoio nas orientações e ações, como campanhas de vacinação para grupos específicos”, afirmou.

A hepatite A, que não apresentava registros na capital há cinco anos, e voltou a aumentar de forma significativa nos últimos dois meses, com 92 casos confirmados até agora, sendo 58 deles entre homens de 20 a 34 anos.

Vacinação Contra Hepatite A

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra hepatite A para crianças de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias, com dose única. Além disso, o SUS disponibiliza a vacina em esquema de duas doses, com intervalo de seis meses, para pessoas com condições especiais, como HIV, doenças crônicas e fibrose cística. A vacina está disponível em todas as unidades de saúde de Campo Grande, bem como no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) localizado no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. 

Transmissão, Sintomas e Prevenção

A hepatite A é causada pelo vírus HAV, transmitido por contato com fezes ou secreções de uma pessoa infectada, seja por meio de alimentos, água contaminada, objetos ou contato sexual. A transmissão pode ocorrer até duas semanas antes dos sintomas aparecerem e continuar até a segunda semana após o início da infecção.

Os sintomas mais comuns incluem náusea, vômito, fadiga, mal-estar, dor abdominal, diarreia, febre, entre outros, além de sinais típicos como pele e olhos amarelados, fezes claras e urina escura. A doença não possui tratamento específico, e o manejo é voltado para o alívio dos sintomas. Médicos recomendam evitar medicamentos como o paracetamol, que pode agravar o quadro.

Medidas Preventivas

A prevenção da hepatite A passa por medidas rigorosas de higiene, como o consumo de água tratada, fervida ou filtrada, e o cuidado ao lavar alimentos crus com água clorada. Também é essencial evitar compartilhar utensílios como a bomba do tereré e o narguilé, além de higienizar as mãos regularmente. A construção de fossas deve ser evitada em áreas próximas a poços ou nascentes, e o uso de preservativos é fundamental nas relações sexuais.

Diante do aumento de casos, a Vigilância em Saúde reforça a importância de buscar atendimento médico ao primeiro sinal de sintomas e de participar ativamente das campanhas de prevenção e vacinação para controlar a propagação da doença.

Fonte: Prefeitura de Campo Grande

Total News MS

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