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O avanço dos casos de coqueluche no Brasil e na América Latina tem levado autoridades sanitárias a reforçarem o alerta sobre a importância da vacinação, especialmente entre gestantes. A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) informou que o estado já contabilizou 40 casos confirmados da doença em 2025, além de uma morte — um bebê de um mês cuja mãe não havia tomado a vacina dTpa durante a gestação.

Os números superam os de 2024, quando foram registrados 24 casos e nenhuma morte no estado. Outros sete casos estão em investigação neste ano. A doença, também conhecida como tosse comprida, é altamente contagiosa e pode ser grave, principalmente em crianças pequenas.

No cenário nacional, o Ministério da Saúde aponta que o Brasil registrou 7.486 casos e 29 mortes em 2024. Do total de óbitos, 95% ocorreram em bebês com menos de um ano de idade. Entre as mães dessas crianças, 82% não haviam sido vacinadas.

“A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa e potencialmente grave, especialmente para bebês. A vacinação segue o calendário do SUS: crianças devem receber a vacina Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforços da DTP aos 15 meses e 4 anos. Gestantes devem ser imunizadas com a dTpa a partir da 20ª semana de cada gestação”, explica a Gerência de Doenças Agudas e Exantematicas da SES, Jakeline Miranda Fonseca.

Ela ressalta que a cobertura vacinal no estado é alta, com índices de 99,82% para a Pentavalente, 99,85% para a DTP e 92,40% para a dTpa adulto. Além dos altos índices de vacinação, a secretaria realiza capacitações para os coordenadores de vigilância epidemiológica e imunização municipais; desenvolve estratégias para ampliar a cobertura vacinal e qualificar a detecção precoce de casos suspeitos.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também emitiu alerta para o crescimento de casos na América Latina em 2025, com aumento expressivo em países como Colômbia, Equador, México e Paraguai. A entidade recomenda vigilância ativa, isolamento dos casos e início rápido do tratamento, além da vacinação em dia para evitar a propagação da doença.

A SES também orienta sobre a importância da quimioprofilaxia dos contatos diretos de casos confirmados e seu monitoramento por até 42 dias — período máximo de incubação da bactéria Bordetella pertussis, causadora da coqueluche. A secretaria reforça a necessidade de ampla divulgação de informações à população e aos profissionais de saúde como forma de conter novos surtos.

Com informações da Agência de Notícias do Governo de MS – Foto de capa: Bruno Rezende/Secom/Arquivo

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