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Com a proximidade de um novo ano, profissionais de saúde reforçam a necessidade de incluir a atualização do cartão de vacinação entre as metas de início de ciclo. A orientação tem como objetivo garantir proteção individual e coletiva contra doenças evitáveis, além de prevenir complicações que tendem a se intensificar em períodos de maior circulação de pessoas, como festas, viagens e encontros familiares.

A infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Luciana Campos, destaca que a checagem do histórico vacinal deve ser rotina para todas as faixas etárias. Segundo ela, a percepção de que a vacinação é uma preocupação apenas da infância contribui para lacunas na imunização de adultos e idosos. “A revisão do cartão é o primeiro passo. Muitas vezes, as pessoas se esquecem de doses de reforço que são cruciais na vida adulta. Sempre frisamos que não existe oportunidade perdida quando se trata de atualização do cartão vacinal”, afirma.

Principais imunizantes recomendados

De acordo com a especialista, alguns imunizantes merecem atenção redobrada no início do ano:

Gripe (Influenza): A vacinação anual é considerada a forma mais eficaz de prevenção contra os vírus que circulam a cada temporada. A dose atualizada reduz o risco de quadros graves, pneumonias e hospitalizações, sobretudo entre crianças, idosos e gestantes. A recomendação é de que a imunização seja feita antes do outono e do inverno.

COVID-19: Com novas variantes em circulação, as doses de reforço continuam essenciais mesmo para quem já completou o esquema inicial ou teve infecção prévia. A medida reduz internações e complicações respiratórias.

Tríplice Bacteriana (dTpa): Protege contra difteria, tétano e coqueluche. O reforço deve ser realizado a cada dez anos. Para gestantes, a indicação é obrigatória, uma vez que anticorpos maternos ajudam a proteger o bebê nos primeiros meses de vida.

Herpes-zóster: Indicada para adultos acima de 50 anos, a vacina reduz a chance de reativação do vírus da varicela, responsável por causar erupções dolorosas na pele e a neuralgia pós-herpética, principal complicação da doença.

Pneumocócicas (VPC15, VPC20 e VPP23): Recomendadas especialmente para idosos e pessoas com comorbidades, as vacinas protegem contra pneumonia, meningite e outras infecções graves provocadas pela bactéria pneumococo.

Luciana ressalta que manter a imunização em dia é uma medida que ultrapassa os cuidados individuais. “A vacinação em massa ajuda a proteger não somente os indivíduos vacinados, mas também aqueles que não podem se vacinar, como bebês muito novos ou pessoas com o sistema imunológico comprometido. Ela ajuda a erradicar doenças e reduz a sobrecarga sobre o sistema de saúde”, afirma.

A orientação dos especialistas é que a busca por atualização não seja deixada para momentos de surto ou aumento de casos. O planejamento antecipado, dizem, evita riscos e ajuda a manter o país em níveis de cobertura próximos ao ideal.

Foto: Freepik

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