Com o tema “Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares”, a campanha Novembro Roxo de 2024 chama atenção para a prematuridade, que afeta um a cada 10 nascimentos no Brasil. Em 2022, 303.447 partos prematuros foram registrados no país, colocando-o entre os dez com maior número de ocorrências no mundo. Dados preliminares de 2023 apontam uma redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, 245.247 partos prematuros foram notificados.
O estado de Mato Grosso do Sul também apresentou queda, com 4.187 casos registrados até agora, diante 5.342 em 2023. Segundo especialistas, a redução reflete avanços no pré-natal e no atendimento neonatal qualificado.
O coordenador médico da Maternidade da Santa Casa de Campo Grande, Arnon Vilela explica a importância da conscientização sobre a prematuridade. “É uma data importante para relembrarmos todas as consequências que isso gera, o impacto que isso causa em uma família ter um neném prematuro, na sociedade e na saúde pública. É importante a gente refletir nesse momento e levar isso para aprimorar o nosso pré natal e trazer políticas para minimizar todas as consequências negativas que a prematuridade traz”.
A prematuridade, caracterizada pelo nascimento antes das 37 semanas de gestação, expõe os recém-nascidos a riscos como dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais e neurológicos. Entre as principais causas estão condições maternas como hipertensão e diabetes gestacional, gravidez na adolescência, uso de substâncias nocivas e assistência pré-natal inadequada.
O pré-natal de qualidade, ofertado pela Atenção Primária à Saúde e reforçado pela Estratégia Saúde da Família, é essencial para identificar fatores de risco e prevenir complicações. A campanha Novembro Roxo reforça a importância da conscientização e de ações integradas para reduzir os índices de prematuridade e melhorar a qualidade de vida de mães e recém-nascidos.
Foto: Secretaria de Estado de Saúde – SES
