Uma nova droga chamada camizestrant demonstrou reduzir em 52% o risco de progressão do câncer de mama hormônio-positivo, tipo mais comum da doença entre mulheres. Os dados reforçam o potencial da substância como uma inovação promissora na oncologia.
A medicação atua bloqueando a entrada do estrogênio nas células tumorais, impedindo o estímulo hormonal que favorece o crescimento do tumor. O tratamento é direcionado a pacientes com tumores classificados como hormônio-positivos, responsáveis por grande parte dos casos.
Além da droga, a abordagem terapêutica inclui exames de sangue que detectam fragmentos de DNA tumoral circulante (ctDNA), permitindo o monitoramento precoce da resistência ao tratamento. Com essas informações, médicos conseguem ajustar rapidamente a conduta antes que o câncer avance.
Na prática, a combinação entre medicações específicas e monitoramento molecular contínuo pode melhorar os resultados clínicos e reduzir a necessidade de quimioterapia.
Segundo especialistas, a técnica pode representar um avanço significativo no tratamento do câncer de mama, que registra mais de 2,3 milhões de novos casos por ano no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a doença responde por cerca de 30% dos diagnósticos de câncer entre mulheres.
Apesar do potencial, a terapia ainda está em fase de testes. Apenas 1% dos pacientes interrompeu o tratamento por efeitos colaterais, segundo dados preliminares. No entanto, novos ensaios clínicos serão conduzidos antes da liberação para uso amplo.
O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células anormais, que formam tumores principalmente nos ductos ou lóbulos mamários. Quando detectado precocemente, tem altas taxas de cura, sendo tratável com cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
Informações do The News
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