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Os preços dos alimentos devem continuar em alta no país nos próximos meses. A projeção consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, em que o Banco Central elevou a taxa básica de juros para 13,25% ao ano.

Segundo o documento, os alimentos ficaram mais caros devido ao clima quente e seco do ano passado e à alta nos preços das carnes — aumento que deve persistir no médio prazo. No caso dos bens industriais, o dólar pressionará os preços nos próximos meses.

O órgão também mostrou preocupação com o preço da carne – que disparou desde o final de 2024. Neste caso, o clima ruim, que por um bom tempo prejudicou os pastos e alimentação dos rebanhos, é um dos motivos, na avaliação de especialistas.

O Banco Central também demonstrou preocupação com a disparada do preço da carne, que ocorre desde o fim de 2024. Especialistas apontam que o clima desfavorável prejudicou os pastos e a alimentação dos rebanhos, reduzindo a oferta. Além disso, o aumento das exportações — impulsionado pelo fato de o Brasil ser o maior exportador de carne do mundo — e o crescimento dos abates nos últimos dois anos contribuíram para o encarecimento do produto.

Com a alta dos alimentos e outros fatores inflacionários, o Banco Central avalia que a inflação pode novamente superar a meta de 3%, que tem uma margem de tolerância de até 4,5%.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu as medidas aprovadas para conter os gastos públicos. “As medidas aprovadas pelo Congresso no ano passado representaram, de fato, uma contenção da ordem de R$ 30 bilhões, sendo R$ 15 bilhões que deveriam ser somados ao orçamento e R$ 15 bilhões que foram substituídos por outras pressões ao longo do ano”, afirmou.

A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira (4), também destacou que a atividade econômica aquecida e o mercado de trabalho forte seguem pressionando a inflação.

  • Texto da redação com informações da Agência Brasil
  • Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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