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Com a chegada do feriado de Carnaval, praias, cachoeiras e piscinas se tornam destinos populares no Brasil. No entanto, o período também exige atenção redobrada: entre 2010 e 2023, o país registrou 71.663 mortes por afogamento, segundo dados do Ministério da Saúde. Crianças e adolescentes são as principais vítimas desses acidentes.

Os números revelam que 12.662 casos (17,7%) envolveram adolescentes de 10 a 19 anos, enquanto 5.878 (8,2%) atingiram crianças de 1 a 4 anos. Além disso, entre 2010 e 2023, houve 11.197 internações por afogamento. Quase 30% desses casos (3.072) ocorreram com menores de até 14 anos, sendo que mais da metade (51%) envolveu crianças de 1 a 4 anos, apontando a vulnerabilidade dessa faixa etária.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, destaca que, entre 2014 e 2021, houve uma tendência de aumento anual de 2% na mortalidade por afogamento acidental entre crianças de 1 a 4 anos.

“A maior parte dos afogamentos acontece em praias e cachoeiras, mas há registros dentro de casa, em piscinas, banheiras e até baldes. Crianças menores podem se afogar em qualquer recipiente, mesmo com pouca água”, alerta Maciel.

O cenário também é preocupante em nível global. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, em 2021, ocorreram 300 mil mortes por afogamento no mundo. Do total, 24% eram crianças menores de 5 anos, e 19%, crianças de 5 a 14 anos.

Prevenção pode salvar vidas

Especialistas ressaltam que muitas mortes por afogamento podem ser evitadas com medidas preventivas simples. O Ministério da Saúde recomenda:

  • Supervisão constante de crianças por adultos enquanto estiverem na água ou próximas a ela;
  • Remoção de brinquedos e objetos atrativos das bordas de piscinas e reservatórios;
  • Instalação de barreiras de proteção em piscinas, poços e caixas d’água;
  • Evitar brincadeiras de risco, como empurrões, saltos perigosos e corridas;
  • Respeitar as sinalizações que indicam áreas com risco de afogamento em praias, rios e lagos;
  • Não nadar em locais desconhecidos ou afastados da margem;
  • Evitar entrar na água durante condições climáticas adversas, como tempestades, ventanias e mar agitado.

Em caso de acidente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) deve ser acionado pelo telefone 192 para garantir socorro especializado.

  • Com informações da Agência Gov
  • Foto: Renato Araújo

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