Diante do aumento expressivo nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), a Prefeitura de Campo Grande anunciou a abertura de novos leitos para atender a demanda de pacientes, especialmente crianças e idosos. A medida faz parte das ações emergenciais após a decretação de estado de emergência no fim do último mês.
Até o fim de abril, a capital registrou 82 mortes pela doença, sendo 9 em crianças de até quatro anos e 47 em idosos com mais de 60. Os dados são da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Do total de 1.056 casos confirmados, 624 foram em crianças — mais da metade.
De acordo com a secretária de Saúde, Rosana Leite, a prefeitura está ampliando cerca de 30 leitos nos hospitais do Câncer e do Pênfigo, além de reforçar o atendimento pediátrico nas UPAs Universitária e Coronel Antonino. “Nosso pronto atendimento infantil virou praticamente um hospital para crianças. Estamos com déficit de leitos e fazendo manejo clínico com pediatras e fisioterapeutas”, afirmou.
Rosana também ressaltou que Campo Grande está em alerta para as próximas cinco semanas, período em que, segundo boletim da Fiocruz, há mais de 95% de chance de circulação intensa de vírus respiratórios, como o Influenza A (H1N1) e o vírus sincicial respiratório. “Por isso que nós antecipamos a liberação de toda a vacinação na tentativa de frear a contaminação para todo o público”, disse.
Questionada sobre a possibilidade de suspensão das aulas, como ocorreu em Corumbá, Rosana não descartou a medida, mas destacou que o município ainda busca conter o avanço dos casos com estratégias como ampliação de leitos e vacinação em massa.
“Nós ainda estamos em alerta, principalmente as próximas cinco semanas, por isso que nós antecipamos a liberação de toda a vacinação na tentativa de frear a contaminação para todo o público”, afirmou. Segundo ela, o boletim da Fiocruz aponta mais de 95% de risco de circulação dos vírus respiratórios no período, o que motivou o decreto de emergência.