A Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) manifestou publicamente seu repúdio à decisão do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, de vetar a comercialização de carne proveniente do Mercosul. A declaração foi feita nesta quarta-feira (20) e gerou reações no setor produtivo.
Em nota, a Acrissul classificou o veto como “um ato meramente ideológico”, sem justificativa plausível, e ressaltou que o Brasil está entre os maiores produtores de proteína animal do mundo. A associação argumentou que a carne brasileira é consumida em mais de 180 países, incluindo nações da União Europeia, e atendeu a altos padrões de qualidade, sanidade e sustentabilidade.
A Acrissul também afirmou que a medida desrespeita as normas internacionais de comércio e reiterou o compromisso do setor agropecuário brasileiro com a segurança alimentar global. A associação defendeu ainda que o Brasil tem cumprido sua parte no cumprimento das exigências sanitárias e ambientais, o que garante a competitividade da carne nacional no mercado internacional.
O embargo anunciado pelo Carrefour gerou controvérsia, com representantes do setor enfatizando a necessidade de uma abordagem mais equilibrada, que considere os dados científicos e as normas comerciais internacionais. A Acrissul concluiu sua nota com um apelo por respeito às políticas comerciais e ao trabalho do agro brasileiro, destacando que a qualidade da carne do Mercosul é amplamente reconhecida no mercado global.
Guilherme de Barros Bumlai, presidente da Acrissul, finalizou a declaração ressaltando que a decisão do Carrefour prejudica um setor crucial para a economia do país e para a segurança alimentar global.
O secretário de Estado, Jaime Verruck também se manifestou sobre a decisão. “Essa é uma medida lamentável e unilateral, reflexo da pressão de produtores europeus que não têm competitividade frente aos países do Mercosul. Ignora os altos padrões de qualidade, sustentabilidade e boas práticas do Brasil.”
Foto: Associação do Criadores de Mato Grosso do Sul – Acrissul
