O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na última sexta-feira (21) um crédito extraordinário de R$ 4 bilhões para o Plano Safra. A medida veio após a suspensão dos subsídios em linhas de crédito para produtores rurais, anunciada na quinta-feira (20). O ministério afirmou que a demora na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 criou um impasse na execução orçamentária do governo.
O presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, afirmou nesta segunda-feira (24) que a suspensão prejudicaria produtores e avaliou como positivo o recuo do governo. “Não sei se a medida vai atingir todos os produtores, mas já foi um avanço”, disse.
Ele também destacou a preocupação do setor com os recursos do Plano Safra. “Para nós, é de extrema importância saber o tamanho desse plano e do nosso seguro. Vemos quatro safras perdidas, o seguro diminuindo, e muitos produtores sem acesso a ele. É preciso entender como esse Plano Safra será estruturado”, afirmou.

O Sistema Famasul emitiu uma nota oficial, na última sexta-feira (21) criticando a medida do governo federal. “A medida neste momento compromete o planejamento e a segurança financeira dos produtores rurais que já se preparam para a próxima safra e pode elevar os custos de itens da cesta básica, como a proteína animal, uma vez que as rações utilizadas nas criações dependem dos grãos que podem ter produção impactada pela falta de crédito”, diz a nota.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) também criticou o governo federal e disse que o Executivo não demonstrou interesse em votar o orçamento em dezembro. “Não podemos culpar o Congresso pelas limitações legais do Tesouro, que podem acontecer. Todos sabemos que o governo não se esforçou para votar o Orçamento da União no ano passado”, afirmou.
Veja na íntegra o pronunciamento da senadora:
Foto de capa: assessoria Famasul




















