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Com o objetivo de tornar o turismo um direito efetivo para todas as pessoas, a Fundtur MS (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul) vem fortalecendo o Programa Turismo Acessível e Inclusivo — uma política pública que alia planejamento, formação técnica e sensibilidade social.

Entre os dias 30 de maio e 4 de julho, o Estado promoveu um Famtour na região turística Bonito / Serra da Bodoquena, reunindo vivências práticas, visitas técnicas e diálogo com empreendedores, gestores e profissionais com deficiência visual.

A ação envolveu a participação da equipe da Fundação, com destaque para a coordenadora do programa, Telma Nantes, e os técnicos Bolivar Porto, Audier Gomes e Oscar Martinez. Durante o roteiro, foram experimentadas diversas atividades em atrativos naturais e culturais, todas avaliadas sob a ótica da acessibilidade e da inclusão.

O roteiro

Em Bonito, as trilhas, cavalgadas e passeios contemplativos do Parque Ecológico do Rio Formoso mostraram que é possível unir segurança, lazer e natureza de forma acessível. A proposta do empreendimento é promover melhorias contínuas para garantir inclusão plena.

Já na Nascente Azul, o uso de trilhas táteis, rampas, decks acessíveis e equipe capacitada permitiu a participação de pessoas com deficiência em atrações como pêndulo humano e tirolesa, com mediação sensorial e tecnologia assistida.

A Casa da Memória Raída ofereceu uma imersão cultural sensível e inclusiva, com apresentações e objetos táteis voltados à valorização das raízes de Bonito. A acessibilidade foi ainda mais desafiada e superada em uma experiência de voo de asa delta com adaptação para participantes cegos. O empresário Marcelo Viva destacou o impacto transformador da atividade e o aprendizado gerado.

A trilha no Buraco das Araras encerrou o circuito com uma vivência sensorial rica em sons, espacialidade e mediação acessível. Guias de turismo relataram a importância da experiência para compreender, na prática, como descrever ambientes e torná-los inclusivos.

Turismo para todos

Além das visitas, o Famtour incluiu reuniões com gestores municipais, parlamentares e representantes do Executivo. As agendas institucionais reforçaram a proposta da Fundtur MS de articular o turismo acessível como política pública contínua, com foco inicial na região Bonito – Serra da Bodoquena e expansão planejada para todo o MS.

No encerramento do roteiro, o grupo visitou o Bioparque Pantanal, em Campo Grande — maior circuito de aquários de água doce e um dos maiores centros de biodiversidade do mundo, referência nacional em acessibilidade arquitetônica e comunicacional. A visita contou com audiodescrição e recursos táteis, consolidando o espaço como modelo de turismo inclusivo.

Para Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundtur, o programa reafirma que “o turismo é um direito de todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas, sensoriais, intelectuais ou sociais”. A coordenadora Telma Nantes destaca que “garantir acessibilidade é um imperativo ético e civilizatório”, afirmando que o programa busca eliminar barreiras históricas e garantir pertencimento.

Já o consultor Audier Gomes reforça a importância da acessibilidade como diferencial de qualidade e sustentabilidade. “Mato Grosso do Sul se tornou referência nacional ao adotar políticas públicas robustas e proativas”, afirma.

Para Edson Moroni, gerente de Estruturação e Inovação da Oferta Turística da Fundtur, fomentar o turismo acessível é também uma estratégia de desenvolvimento. “Mais do que justiça social, é uma forma inteligente de ampliar o público, fortalecer territórios e consolidar o Brasil como um destino que acolhe todas as pessoas”, conclui.

Com informações da Fundtur MS
Fotos: Bolivar Porto

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