domingo, 09/02/2025, 04:45

O Brasil encerrou o mês de janeiro de 2025 com 170.376 casos prováveis de dengue, além de 38 mortes confirmadas e 201 óbitos ainda em investigação, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O coeficiente de incidência nacional está em 80,1 casos para cada 100 mil habitantes.

Os números mostram que a doença afeta de forma equilibrada homens e mulheres, com 54% dos casos em mulheres e 46% em homens. Quanto à distribuição étnica, 51,3% dos casos foram registrados em pessoas brancas, 32,4% em pessoas pardas, 4,4% em pessoas negras e 1,1% em pessoas amarelas. Os grupos etários mais afetados são os de 20 a 29 anos, 30 a 39 anos e 40 a 49 anos.

São Paulo lidera o ranking estadual, com 100.025 casos, seguido por Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). No entanto, em termos de coeficiente de incidência, o Acre apresenta os maiores índices, com 391,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).

Situação no Sudeste Preocupa

Embora o cenário nas demais regiões do Brasil tenha apresentado algumas variações, o Sudeste preocupa as autoridades de saúde. De acordo com Rivaldo Venâncio, secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, os números de dengue no estado de São Paulo duplicaram nas quatro primeiras semanas de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. “São Paulo saiu de quase 50 mil casos para quase 100 mil, o que é alarmante”, afirmou Venâncio.

Em Minas Gerais, a situação é oposta, com uma queda de aproximadamente 85% nos casos, passando de 123 mil para 16 mil entre 2024 e 2025. A preocupação em São Paulo é ainda maior com os óbitos, tanto os confirmados quanto os em investigação. “Se dois terços dos 135 óbitos em investigação forem confirmados, o número de casos por óbito será muito elevado, o que é preocupante”, acrescentou o secretário.

Circulação do Sorotipo 3

Um fator que tem contribuído para o aumento do número de casos é a circulação do sorotipo 3 da dengue, que tem se intensificado, especialmente no estado de São Paulo e, em menor escala, no Paraná. “Desde julho do ano passado, temos observado um crescimento constante da detecção do sorotipo 3”, afirmou Venâncio, alertando que localidades ainda não afetadas pelo sorotipo 3 provavelmente enfrentarão a disseminação do vírus em breve.

O Ministério da Saúde segue monitorando a situação e reforçando as ações de prevenção e controle, com ênfase na conscientização da população sobre a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti.

  • Com informações da Agência Brasil – Foto de capa: © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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